Recuperação completa de lesões é essencial para se evitar novas contusões
Segundo pesquisador, um machucado do tipo pode provocar estragos durante 12 meses.
O corpo humano é uma máquina projetada com peças individuais altamente especializadas e que trabalham em cadeia. A engrenagem viva é calculada para funcionar durante longos períodos. Mas, assim como nas invenções de lata, corre o risco de emperrar. Quando isso acomete um corredor, o repouso pode ser o melhor conserto.
Mas a possibilidade de encostar o tênis durante algumas semanas é imediatamente descartada pelos mais apaixonados pelo esporte. Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) alerta os mais resistentes à ideia: lesões maltratadas desencadeiam, dentro de um ano, distensões musculares capazes afastar de vez os atletas e os amadores do asfalto.
Apesar de a corrida ser uma das atividades mais populares do mundo — barato e acessível, o esporte tem pelos menos de 4 milhões de adeptos no Brasil —, há pouca informação sobre os riscos relacionados a ela.
A falta de dados despertou a curiosidade de Bruno Saragiotto, na época aluno de mestrado da Unicid. Sob a supervisão de Alexandre Lopes, professor do programa de mestrado e doutorado em fisioterapia, Saragiotto revisou sistematicamente mais de 7 mil artigos.
De todos, encontrou 11 elegíveis para responder à questão central: quais são os fatores de risco para lesões na corrida?Ao contrário do esperado, o tênis e o alongamento desenvolvem papel secundário, concluiu Saragiotto. “Apesar de a literatura ser carente com relação a esse tema, um tópico já é consenso há décadas: alongamento não previne lesões em corredores.
Outro tópico que muitas pessoas atribuem importância é o uso do tênis especial de corrida. Pode-se observar que os resultados seguem na mesma direção: eles não previnem contusões”, assegura Lopes.
Fontes: www.correiobraziliense.com.br